Política

Mega vê com preocupação o aumento de gastos e o endividamento público na 2ª gestão de Seba



O empresário votuporanguense Dalbert Mega, segundo nome mais votado para prefeito nas eleições de outubro do ano passado, com 20,42% dos votos, quando foi candidato pelo PRD, manifestou publicamente nesta semana a sua preocupação com algumas ações e medidas tomadas nos 100 primeiros dias desta segunda gestão de Jorge Seba à frente do Poder Executivo. Com histórico de homem de negócios bem-sucedido e administrador de empresas, o maior alerta de Mega se deve ao aumento exponencial de “gastos desnecessários do dinheiro do bolso do contribuinte”, com as nomeações de diversos cargos em comissão que terão impacto de cerca de R$8 milhões e a verba para publicidade, em torno de R$1,5 milhão, bem como o aumento do endividamento público caso seja consolidado o empréstimo em R$13 milhões para aquisição de nova frota de maquinários e veículos.

Mega, que a princípio adotou tom pacificador entre os seus eleitores e desejou bom trabalho ao adversário de campanha, agora, após três meses e meio, endurece as críticas sobre o que, segundo ele, foi prometido e o que está sendo entregue para a população de Votuporanga. Ele é nome de destaque que integra a oposição ao atual governo, que conta também com o aliado de partido e vereador Cabo Renato Abdala, fiscalizador vigilante dos atos do prefeito e do seu secretariado na Câmara Municipal.

“Infelizmente, alguns temores do que seria da nossa cidade com a reeleição de Jorge Seba têm se tornado uma lamentável realidade. Percebo que a atual administração não se esforça em impedir que a torneira dos gastos públicos desnecessários seja fechada. Vejo com muita preocupação que a Prefeitura tem faltado com a clareza com o povo em algumas ocasiões, o que percebo que aumenta a insatisfação. O que temos visto é o aumento de impostos, de taxas e da dívida pública. O prefeito investe pesado em marketing para mascarar um caminho trilhado por medidas impopulares e que deixam em alerta a saúde financeira municipal”, avalia Dalbert Mega.

Sobre a “falta de clareza” do prefeito, Mega destaca ao menos duas oportunidades, uma sobre problemas no ar-condicionado de escolas e outra ao tratar sobre sucateamento da frota, em que o chefe do Poder Executivo deu explicações públicas sobre os assuntos, mas foi questionado posteriormente. “Vimos que o prefeito foi desmentido pelo vereador do nosso partido, Cabo Renato Abdala, que mostrou que Seba havia divulgado de maneira equivocada a solução dos problemas de falta de manutenção em aparelhos de ar-condicionado nas escolas, o que comprovadamente não aconteceu. As crianças continuaram no calor.  Outro trabalho esclarecedor tem sido do nosso amigo e aliado, o vereador Wartão que tem revelado que o prefeito atual perdeu diversos programas do governo federal por não ter feito cadastro ou enviado documentos, tais como habitação, vacina da dengue e outros”, comenta.

Outro ponto citado por Mega foi a entrevista recente do ex-prefeito João Dado a esse jornal em que desmentiu Jorge Seba sobre a fala de que “havia 15 anos que a Prefeitura não fazia investimentos com recursos próprios para a modernização da frota”. “Dado foi corajoso e se posicionou contra uma mentira descabida de Seba. O ex-prefeito mostrou que houve sim a renovação de 41% da frota de maquinários e de veículos da Prefeitura em seu governo. É absurdo ver que Jorge Seba, quando era secretário da gestão Dado, apareceu inclusive em fotos na cerimônia de entrega desses equipamentos. A fala do atual prefeito tentou tirar o foco do abandono da frota municipal que ele mesmo deixou ser sucateada”.

Como resultado de má-administração e descaso com o uso do dinheiro público, segundo Mega, toda a população pagará a conta. “A solução proposta foi a pior possível, de fazer um empréstimo que vai elevar o endividamento público em R$13 milhões, podendo chegar a R$20 milhões com os juros. Vai endividar a cidade por não ter feito os investimentos necessários”, critica o empresário.

 

Crítica à reeleição

Dalbert Mega destaca ainda que sempre foi crítico à reeleição para cargos do Poder Executivo. Para ele, a tendência é de “relaxamento” e o trabalho realizado nos primeiros 100 dias pelo atual prefeito colaboram para o seu argumento. “Podemos citar algumas das medidas, no mínimo polêmicas, tomadas até aqui. Seba prorrogou o contrato com a empresa de iluminação pública. No meu ponto de vista, desvalorizou o servidor público com a concessão de apenas 5% de reposição salarial, prejudicando assim a qualidade de vida do trabalhador. Comprovou a sua omissão, incompetência e descaso com a notícia do furto de R$100 mil em fios da nova obra da prefeitura. E mais, não concluiu a cara, demorada e confusa revitalização da avenida Emílio Arroyo Hernandes. Também viu a Saev fechar o Ecotudo Sul, após fechar o tradicional acesso dos moradores ao bairro Sonho Meu. Para piorar, o novo caminho para o bairro feito pela Rumo entrou em colapso, prejudicando toda aquela população. A obra de interligação do São Cosme e Jardim Universitário também segue parada e abandonada”, pontua Dalbert Mega.

 


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